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Gaguinho e as compras

Toda segunda-feira eu faço uma lista de compras para a cozinha. Ele relendo me diz que já havia encomendado a carne num açougue. Como os fornecedores dele não são muito católicos eu perguntei, você tem certeza que eles vão entregar a tempo? “Teoricamente sim”. No dia seguinte a teoria virou: “praticamente não tenho carne e praticamente não teremos o prato do dia”. Teoria e prática com ele é sempre uma coisa muito relativa.

DOR

Laura me disse que se eu me queixo de uma dor, ela deve ser realmente grande. Se eu choro, eu estou beirando o desespero. Segunda-feira foi um desses raros dias. Há mais de um ano eu ando com dor na virilha e no bumbum do lado direito. Em outubro passado fiz algumas sessões com um osteopata e nada. Em dezembro fui ao médico e passei por vários exames e nada. Desde o início do ano vou a fisioterapia e osteopatia e nada. Na terça-feira eu comecei a acupuntura. O problema é andar e sentar, ou seja, ficar diante de um computador é a morte. Eu chego do trabalho, ducha e cama diante da tv que mal vejo… Estava tão alucinada com dor (e olha que eu tomo dois tipos de analgésico com dose para leão) e liguei para minha irmã que, coitadinha, do outro lado do oceano não pode fazer grande coisas à não ser aconselhar-me a fazer uma ressonância. Vou pedir ao meu médico. Nesse tempo, ficou um pouco ausente. Hoje é feriado e como normalmente acordo sem dor, resolvi abrir-me para vocês e atualizar as news. Aos aniversariantes, me desculpem pela falta dos meus tradicionais votos. Beijos.

Gaginho e o FB

A página do restaurante na internet é um rascunho que ficou. Eu já fiz várias proposições ao Gaginho para atualizá-la. Só precisaria da senha e do conteúdo, o que espero depois de um ano sem resposta. Ele diz que nosso timing é diferente e que eu sou muito rápida. Na minha opinião ele é que é lento demais. Alô!!! Um ano em junho!!!! Bom nesse ínterim, ele resolveu abrir uma conta FB. Demorou meses, mas semana passada ele chegou todo frustrado dizendo horrores do social net. Eu perguntei o que se passou. Ele me mostrou: ao colocar o email e a senha no FB, abria uma janela dizendo que um  computador no México tentou usar a página dele. Incrível, essas coisas só acontecem com ele!!! Aproveitei o gancho e perguntei da atualização do site e ele respondeu: “tou preparando”. E um ano vai se passar…

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Ensaio de tapas

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Cena mitológica de sexta-feira

Gaguinho e eu temos sérios problemas de comunicação. Eu digo vermelho e ele compreende amarelo. Digo verde e ele azul. Na quinta-feira ele vendeu sopa de cenoura e era ervilha. Não falei nada, mas para uma profissional de jornalismo, isso me faz mal. Então, cheguei cedo no trabalho na sexta com um sorriso monalisa achando que o céu azul de brigadeiro apesar da chuva e do frio. Pensei que, como eu estava de bom humor, calma, tranquila, seria um bom momento para tentar dialogar e encontrar uma solução conjunta.
Comecei sorrindo e dizendo que temos que descobrir como melhor comunicar. Ele não aceitou meu comentário, passou para a defensiva e aumentou o tom da voz. Euzinha mudei de idéia mas ele continuou num discurso entre sílabas cortadas e eu tentando completar suas frases. Felizmente tudo o que eu faço tem provas escritas e ele perde sempre a razão. Gaguinho foi ficando vermelho, nervoso e começou a fazer o som da panela de pressão, o que me apavora cada vez que ele entra nesse estado pré-explosão. Euzinha tentando acalmá-lo, dizia, que o objetivo da conversa, era um diálogo, não uma disputa, que era para o bem e melhor de todos e ele “piiiiiiiiiiii” respirando com esforço, eu mais apavora já pensando que ele ia ter uma crise de coração ia morrer na minha cozinha e eu iria para prisão e perder um passaporte vermelhinho. Nada de resultado. Peguei sua mão entre as minhas e continuei tentando: “fica calmo, respira, não se exalte, eu estou aqui para resolver os teus problemas e não para dar problemas, fique tranquilo, não existe culpas, só soluções”, e nada. Ele gaguejando ainda mais, entre um “piiiiiiiiiiii” e um “uuuuuuuuuuu”, eu nada brasileira e nada drama queen, perguntei “o que você quer que eu faça? chore? Por favor fique calmo, Quer que eu me ponha de joelhos?” e a resposta era o som da panela entre pseudo-sílabas incompreensíveis. Claro, fiquei de joelho para quebrar o clima tenso ainda com a mão dele entre as minha. Nisso chega o rapaz da entrega e nos vê nessa cena mitológica e começa a rir. Gaguinho vê o ridículo da situação e ri também e a tensão da panela parte, ele respira e no final disse que eu tenho razão.
Isso eu sempre soube, mas solução que é boa, nada.

Sem esperança

Envio um email com alguns documentos anexados para Gaguinho. No dia seguinte ele diz não consegui abrir. Impossível, arrematou. Olha que nem fiz em Mac para não dar trabalho para ele com compatibilidade… Quando tive um tempo entre um molho e um arroz, fui mostrá-lo como abri-los. Dois cliques e pronto. E verdade que tinha que ler as instruções mas Gagunho não tem paciência e quer tudo no automático vapt-vupt. Euzinha, não sei como nem porque, incarnei Jó num esforço para explicá-lo o que significa informática. Usei uma metáfora simplista: computador é que nem mulher, tem que ir com calma, paciência, ler nas entrelinhas, usar, quando existe, manual, e quando se pensa que se entende tudo, ela dá bug e tem que se começa tudo de novo e cada uma é realmente diferente. Alguns minutos depois ele entra na cozinha e me diz: “se é para ser assim, troco de computador e troco de mulher”. Sem esperança.

Tecnologia dificil

Tou tentando colocar as coisas em dia